segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Respirar batalhas temendo a liberdade

Por Michaque Nuvunga

A vida segredou-me que ela é feita de lutas.
 Vive-se buscando continuamente a liberdade sem, no entanto, pretendê-la em pleno.
Contínua por ser inalcançável? Ora, estar-se livre de um sistema significa estar-se sob jugo de um outro, de forma consciente, ou não.
P'ra alcançar a liberdade plena tem de se estar fora do sistema que sustem a vida.
Porque a mecânica da vida é feito de lutas, derrotas e conquistas.

É impressionante como a vida farta-se de nos mostrar tal verdade.
Precisamos é escutar o que ela nos mostra e nos permite sentir.
E só pela experiência acumulada perceberemos a mensagem.

Que experiência?
 A de todos nós os que nasceram presos a um cordão umbilical, cuja busca contínua pela liberdade dele fez-nos livres. A de todos nós que abraçamos a vida pós-cordão, com as suas demandas. Mesmo sem saber se entrávamos num sistema melhor do que o que deixávamos. Talvez porque seguimos empurrados pela mecânica imposta da vida, de tal forma que deixámo-nos guiar pela aventura e curiosidade num sistema onde se não se é forte se extingue.

Extinguir-se?
Hum, pergunto-me: não será essa a liberdade plena? Se for, quem a quer? Quem a busca?
Ah, que venham dificuldades para as superarmos. Quero aprender com as derrotas para valorizar as minhas conquistas. Afinal, a vida segredou-me que ela tem de ser coroada de conquistas.

Não gazetes as lições que os fracassos dão; acredite, vais ter aulas de reposição nalgum dia! O objectivo é tornarmo-nos seres melhores.